Mulher que bufa é uma plataforma criativa, com investigação e invenção em teatro, performance e cinema. A plataforma pensa como seria uma bufona nos tempos atuais. Como é a bufona brasileira de hoje? E como esta se relaciona com os dispositivos da atualidade? Como as tecnologias ancestrais e de agora se cruzam na criação de obras autorais? Cada apresentação/performance é pensada a partir do seu local de criação, bem como em relação ao espaço que se apresenta, buscando criar pela relação do agora. Esta plataforma de investigação é pensada a partir de uma relação harmoniosa com a natureza, sabendo que somos parte dela. Neste sentido, para qualquer ação tomada é avaliado o impacto ambiental, como a utilização de materiais sustentáveis nas cenografias (como o bambu, luz solar, reutilização de materiais). Os trabalhos também apresentam estas temáticas, para discutir questões urgentes, numa busca de experimentar "ideias para adiar o fim do mundo", como nos provoca Krenak. Além disso, pensar obras de fácil mobilidade e com soluções sustentáveis criativas. A bufonaria, parte central desta plataforma, fala sobre as pessoas excluídas, sobre a parte esquecida da pirâmide, aquela que sempre esteve atrás na corrida. É a partir deste lugar que partem as diversas criações apresentadas. Trabalhos já criados: o solo Mulher que bufa, com atuação de Joyce Malta, figurino e cenário por Flávia Fantini, iluminação de Tainá Rosa, dramaturgia de Letícia Andrade e confecção de cenografia por Cerbambu Ravena, o curta-metragem “De quatro”, filmado em julho de 2024, com produção executiva da Anavilhana e com a participação de mais de 30 profissionais, em sua maioria mulheres e em fase de montagem e o espetáculo de rua Bufona’s, que estreou em 2024 e conta com a atuação de 8 artistas mulheres de Belo Horizonte e uma equipe de 30 pessoas ao todo envolvida na realização. A bufonaria fala sobre as pessoas excluídas, sobre a parte esquecida da pirâmide, aquela que sempre esteve atrás na corrida. É a partir deste lugar que partem as diversas criações em um movimento contínuo de investigação cênica e espaço de compartilhamento de saberes.
MULHER QUE BUFA
FOTOS: LETÍCIA SOUZA
Um bando de bufonas expulsas de seu lugar de origem invade a cidade. Esta é a premissa do espetáculo “BUFONA’s.
UM ESPETÁCULO DE RUA
“Terreno baldio. Lugar ermo, aparentemente desabitado. Chão árido, sem vegetação aparente. Talvez uma árvore ou outra. Chegam as bufonas. Vindas de um lugar já sem esperança, ainda mais inóspito do que este que invadem: gueto, onde há muito tempo, abjetas, foram jogadas para sobreviver de lixo, mas onde, com a malandragem de quem ginga, conseguiram produzir um mínimo de vida para se manterem vivas. Elas chegam em bando. Antes delas, porém, chega a canção que entoam:
se essa rua fosse minha...”
“Há espetáculo mais bonito do que ter o que comer?”
Carolina Maria de Jesus
Um bando de bufonas expulsas de seu lugar de origem invade a cidade. Esta é a premissa do espetáculo “BUFONA’s.
Após anos comendo lixo, vivendo de restos, sobrevivendo à margem com suas filhas e filhos, este bando invade a cidade e volta para "dizer a verdade", provocar e rir. O espetáculo performático conta com uma forte construção visual - grotesca e sublime - e um tom cômico, irônico, que busca na relação de jogo com o público, criar momentos de cumplicidade e deboche.
Questões atuais, políticas, raciais, sociais e ambientais atravessam o espetáculo, no qual os figurinos e objetos cênicos são feitos e pensados a partir de materiais reaproveitados, que não possuem mais utilidade na sociedade e também por elementos da natureza.
Bufona’s acontece em uma rua sem saída, com uma estrutura cenográfica e sonora de bambu, com microfones shotgun, que amplificam as vozes de 8 mulheres.
Direção e ideia: Joyce Malta
Dramaturgia: Nina Caetano
Produção: Maria Mourão
Assistente de Produção: Camis c4
Atrizes: Ana Bento, Débora Guimarães, Elisângela Souza, Kelly Spínola, Lissandra Guimarães, Marina Viana, Paloma Mackeldy e Tamira Mantovani
Preparação de voz e canto em coro: Black Josie
Regência de sonoridades: Dani Milena
Provocação sonora e operação de som: dJota
Técnica de som: Wal Almeida
Preparação corporal utilizando as ferramentas do yoga: Ariene Reis
Caracterização Visual de atrizes: Sol Zofiro
Produção de figurinos: Elaine do Carmo e Sol Zofiro
Mascaramento e caracterização de Boo: Tamira Mantovani
Confecção de bandeiras: Flávia Fantini
Confecção de adereços: Sol Zofiro, Agnes Antônia Assistente de adereço: Ben Grillo
Cenotécnico: Café
Construção da Criança-Mundo: Mari Teixeira
Iluminação da Criança-Mundo: Marina Arthuzzi
Estagiária de caracterização: Amanda Lopes
Identidade Visual: Raquel Pinheiro
Gestão de Redes: Duda Carmona e Lucy Ribeiro Assessoria de Imprensa: Renata Rocha
Audiovisual: Sarah Cambraia Fotografia: Letícia Souza Tradução de Libras: Carol Mezanto
Motorista van: Fabiana Oliveira
Segurança: Grazi - GF Eventos
Realização: Mulher que bufa
Bufona’s
duração: 55min
FICHA TÉCNICA
“Hora de botar lenha na fogueira!”
“ Quem tem fome tem pressa!
Quero farinha pro meu pirão!”
“A mandioca é pouca pra tanta boca!”
“ Farinha pouca, meu pirão primeiro!”
“Açúcar invertido, açúcar turbinado,
dextrose (açúcar), dextrina (açúcar),
glicose, glucose,
maltose, xarope de milho
(açúcar, açúcar, açúcar, açúcar!).
Transgênico.”
“Quem poupa o almoço, garante o
jantar!
E se a gente plantar?”
de
quatro
CAROL OLIVEIRA ERICA VILHENA JOYCE MALTA RAUTA
CAROL OLIVEIRA ERICA VILHENA JOYCE MALTA RAUTA
ENE CHARLOTTE MARIA JAQUELINE
ENE CHARLOTTE MARIA JAQUELINE
um doc ficcional
4 atrizes se encontram em uma encruzilhada
1 mesa de buteco, no meio da rua,
no centro nervoso da cidade
de
quatro
"de quatro" é um curta-metragem doc-ficcional que investiga a
interseção entre o teatro e o cinema, nascido do desejo de
quatro atrizes em eternizar suas personagens e experiências
cênicas através da linguagem cinematográfica. O filme propõe um
processo de criação coletiva, onde Carol Oliveira, Erica
Vilhena, Joyce Malta e Rauta, artistas com mais de 15 anos de
trajetória em espetáculos, performances e intervenções urbanas,
se reúnem em um bar fictício, em uma encruzilhada. Vestidas com
figurinos de personagens que marcaram suas carreiras, elas
transitam entre a realidade e a ficção, mesclando narrativas
pessoais com trechos de textos teatrais. Na mesa assuntos
cotidianos, afetos e deboche.
de
quatro
4 atrizes se encontram em uma encruzilhada
1 mesa de buteco, no meio da rua,
no nervoso da cidade
de
quatro
de
quatro
Elenco Carol Oliveira, Erica Vilhena, Joyce Malta, Rauta
Iara Malta, Laura Rafaelly, Laura Arantes
Produção - Mulher que bufa
Produtora Associada - Anavilhana
Produção Executiva - Luana Melgaço
Direção – Joyce Malta
Roteiro - Joyce Malta, em colaboração com Carol Oliveira, Erica Vilhena e Rauta.
Assistência de Direção - Josi Santos
Direção de Fotografia – Ceres Canedo
Assistência de Câmera - Sarah Cambraia
Foquista - Sarah Cambraia
Gaffer - Flávio C. von Sperling
Direção de Produção - Victória Morais
Assistência de Produção - Joana Teixeira
Platô - Gabriel Penna
Caracterização Artística Visual - Sol Zofiro - Idea Ateliê
Técnica de Som Direto - Débora Coimbra
Assistência de Som - Eugênio Neto
Figurino Padilha: Erica Vilhena
Figurino e máscara Mulher que bufa: Flavia Fantini
Figurino Bexiga e Cristina: Jonnatha Horta Fortes
Prótese Bexiga : Pigmalião Escultura que Mexe
Rauta usa adereço Preta Pitanga
Figurino personas: Atrizes e Clarice Rena
Direção de Arte – Clarice Rena
Assistência de Arte e Figurino – Lucas Uchôa
Logger - Thaís IRS
Montagem - Thaís IRS
Assistente de montagem - Chris Fox
Pesquisa de Locação - Lúcio Queiroz Jr.
Operador de Drone - Lúcio Queiroz Jr.
Assistência de Maquinária - Mateus Jacob
Ficha técnica
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SINOPSE
Uma bufona percorre a cidade, pega o ônibus, o bonde andando e acha-perde a linha. Mascarada, carregada, atolada, atoladinha. Uma mulher que bufa, faz, desfaz, faz a vaca atolada, a vaca profana, a vaquinha virtual. Isso não pode ser real. Que comece o jogo. Na casa, na rua, na chuva, não na fazenda, na tela da tv. Não temos mais nada a perder.
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